ALERTA

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmou casos de raiva em herbívoros em cinco…

Agrodefesa confirma raiva em pelo menos cinco zonas rurais de Goiás (Foto: Agrodefesa)

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmou casos de raiva em herbívoros em cinco propriedades rurais de Goiás: quatro em Carmo do Rio Verde e uma em Silvânia. A detecção da doença levou à intensificação imediata das ações de controle e prevenção em um raio de 12 quilômetros ao redor das áreas afetadas.

Os casos foram notificados por produtores que observaram sintomas neurológicos nos animais. Após coleta e envio de amostras ao Laboratório de Diagnóstico Veterinário da própria agência (LabVet), os exames confirmaram a presença do vírus da raiva.

Medidas de contenção

Com base nos resultados, a Agrodefesa mobilizou cinco equipes para atuar nas regiões afetadas. As medidas incluem vacinação assistida nas propriedades foco, orientação sobre imunização preventiva em mais de 250 propriedades do entorno, fiscalização, vigilância ativa e ações de educação sanitária. Uma das frentes atua especificamente na identificação e controle de abrigos de morcegos hematófagos, principais vetores da doença.

A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, ressaltou que, embora a vacinação contra a raiva não seja mais obrigatória, ela permanece como a forma mais eficaz de proteção dos rebanhos. “A raiva é uma doença grave e de alta letalidade. A imunização preventiva protege não só os animais, mas também a saúde humana”, afirmou.

A população também foi orientada a comunicar imediatamente casos suspeitos. A notificação pode ser feita via sistema e-Sisbravet, nas Unidades Operacionais da Agrodefesa ou pelo telefone 0800 646 1122.

Em zonas urbanas, o alerta deve ser direcionado à Secretaria Municipal de Saúde, principalmente em casos de morcegos com comportamento atípico ou animais domésticos com sintomas sugestivos da doença.

Vírus da raiva

A raiva é uma zoonose causada por vírus e pode afetar bovinos, equinos, ovinos, caprinos e humanos. A transmissão ocorre principalmente por meio da mordida de morcegos hematófagos infectados. Entre os sinais clínicos estão alterações de comportamento, incoordenação motora, salivação excessiva e morte em poucos dias.