O técnico do Atlético Goianiense, Rafael Lacerda, chegou ao duelo contra a Ferroviária neste domingo (17/8), no Estádio Antônio Accioly, embalado por uma sequência de três jogos de invencibilidade na Série B. A expectativa era emplacar a segunda vitória consecutiva, mas o Dragão acabou surpreendido e derrotado por 3 a 1, resultado que freia a reação rubro-negra e mantém a equipe distante do G-4.

Para Lacerda, o time até conseguiu desempenhar um bom primeiro tempo, criou chances claras e desperdiçou um pênalti, mas não soube transformar o volume em gols.

“Primeiramente, que o resultado não era o esperado. A gente trabalhou para vencer esse jogo. E tudo que eu for falar aqui é difícil para o torcedor escutar, até mesmo para vocês. Vocês podem não concordar. O Ferroviária chegou uma vez no nosso gol no primeiro tempo. A gente, com quatro minutos, tinha tido duas oportunidades. Teve o lance do Kelvin, cara a cara. Teve o lance que o ele roubou a bola e ficou 2 para 1 com o Martínez. Teve o lance do Luizão, que ele finalizou de dentro da área. O goleiro fez um milagre. E tem dias que a bola não entra”

Apesar de reconhecer falhas, o treinador reforçou que a postura inicial foi positiva, mas o time pecou em momentos decisivos.

“Não acho que a gente fez um grande jogo, mas o nosso primeiro tempo foi bom. Aí a gente tomou um gol onde nós estávamos no controle da partida. Erramos o passe, tomamos a transição. Tivemos tempo para matar a jogada. Não retornamos como um time que ia retornar e acabamos levando o gol. Aí a gente tem a situação do pênalti. Perdemos o pênalti. Era o Lelê, mas o Martins pegou a bola e bateu”, completou Lacerda.

Mesmo com a derrota, o técnico não quis prolongar lamentações. O foco já está no próximo compromisso, diante do Cuiabá, fora de casa, no domingo (24/8), pela 23ª rodada da Série B.

“Se a gente começar a remoer muito essa derrota, a gente tem o Cuiabá já pela frente, adversário duríssimo que está na nossa frente e vai ser difícil fora de casa. Então, a gente precisa ver os erros, mostrar para os atletas, conversar internamente e começar a trabalhar novamente para retomar o caminho das vitórias”, projetou.

Outro ponto abordado por Lacerda foi a cobrança de pênalti. Mesmo com Lelê definido como o batedor oficial, Martínez assumiu a responsabilidade, mas acabou desperdiçando. O técnico elogiou a confiança do jogador, mas destacou que a determinação precisa ser respeitada.

“Mas a gente vai conversar internamente, porque tem os dois lados. O jogador quis bater, mostra a personalidade. Mas aí, quando é determinada a linha que eu trabalho, justamente, eu mudei por causa disso. Porque eu não gosto de deixar três opções, como era padrão aqui no Atlético. Então, eu mudei isso. Eu coloquei um jogador, justamente, para chegar na hora e não ter essa dúvida. Porque se eu coloco três opções, o primeiro, quem vai bater? Aí, jogar um para o outro. Então, a gente já determina. Mas isso é uma questão que já aconteceu, virou página. A gente conta com o Martínez aí e segue a vida”, finalizou.