JUSTIÇA
O laudo de insanidade mental da advogada Amanda Partata Mortoza, acusada de matar o ex-sogro e a mãe dele em dezembro de 2023, aponta que ela estava com a capacidade cognitiva preservada, ou seja, com total consciência dos atos.
Segundo o documento, assinado por uma junta médica do poder judiciário, Amanda Partata “mantém preservada a capacidade de discernir entre o que é considerado adequado e inadequado conforme as regras sociais”.
“No que se refere ao funcionamento de sua personalidade, verificaram-se sinais compatíveis com o que é frequentemente encontrado em pessoas com Transtorno de Personalidade Misto, com características de personalidade emocionalmente instável do tipo borderline e traços antissociais”, aponta a avaliação psiquiátrica.
O Mais Goiás tenta contato com a defesa de Amanda Partata para um posicionamento diante do resultado do laudo.
A junta médica apontou ainda o que se chama de “alteração importante na construção da personalidade”. Segundo o documento, Amanda costuma se comportar e um modo inconstante, sendo intolerante às decepções e frustrações.
Além disso, os médicos apontam importante dificuldade em perceber o lado positivo e negativo de uma mesma situação ou pessoa. Também a advogada possui ‘dúvida’ quanto à sua própria imagem. Com relações íntimas costumam ser intensas e instáveis, podendo terminar em manipulações e ameaças autodestrutivas.
“Tende a envolver-se em situações que podem colocá-la em perigo ou às demais pessoas, com pouca preocupação em seguir regras sociais, podendo ser controladora agindo ativamente para que as demais pessoas façam o que deseja”, diz o laudo.
A advogada foi denunciada pelo Ministério Público à Justiça, em janeiro deste ano, acusada das mortes de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86, respectivamente pai e avó do ex-namorado dela, Leonardo Filho.
A investigação da Polícia Civil, comandada pelo delegado Carlos Alfama, apontou que Amanda colocou veneno em bolos de pote e deu às vítimas em um café da manhã.
Ficou constatada que a motivação do crime foi o sentimento de rejeição dela com o fim do namoro de menos de dois meses com o filho de Leonardo, que carrega o mesmo nome do pai. Querendo, assim, causar sofrimento no ex.
Amanda chegou a pesquisar na internet qual seria o veneno que não era detectado por exame de sangue e que não teria como descobrir o gosto. Ela segue presa na Casa do Albergado, em Goiânia.