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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) transferiu R$ 800 mil para um banco dos Estados Unidos antes de viajar ao país no final de dezembro de 2022, segundo investigação da Polícia Federal (PF). O objetivo da transferência, de acordo com a PF, seria se manter nos EUA enquanto uma tentativa de golpe de Estado se desenrolava no Brasil e, se necessário, se instalar no exterior para se precaver de um inquérito pela conspiração de ruptura do Estado democrático de direito. Após a divulgação, o político afirmou, nesta quinta-feira (15), que enviou o montante para os EUA “por ter dúvidas em relação à política e à economia do atual governo”.
Em um vídeo, Bolsonaro confirmou que fez a transferência entre contas do Banco do Brasil e alegou que envios de dinheiro para o exterior “são comuns” e disse que “isso não é crime”.
“O último país do mundo para onde um golpista, um ditador, enviaria recursos seria os Estados Unidos, porque é um país democrata que respeita tratados. Esses recursos seriam imediatamente bloqueados. Tínhamos dúvidas sobre a política e a economia do atual mandatário de esquerda”, afirmou o ex-presidente.
Já a defesa de Bolsonaro diz que o político enviou suas economias por “receio de explosão do dólar” e, assim, se proteger da variação cambial.
O dinheiro foi posteriormente repatriado para o Brasil a pedido das autoridades reguladoras dos Estados Unidos por se tratar “de uma pessoa politicamente exposta”.
A Polícia Federal observa que os recursos financeiros transferidos podem ser “ilícitos e lícitos” por suspeitar que parte do montante tenha sido acumulado com o “desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras”.
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*Com informações do Estadão e CNN