Coluna do Pablo Kossa
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – @ronaldocaiado no Instagram
Caiado e Tarcísio têm total noção do cavalo que está passando arreado na porta deles. Experientes que são, um na política eleitoral outro na burocracia estatal, sentem de longe o cheiro de fritura. E a frigideira em volta de Bolsonaro está em brasa com o aroma de queimado do inelegível emanando fartamente.
Uns diriam que Bolsonaro já é um cadáver político cujo miasma é radioativo. Discordo. Acho que sim, o futuro do ex-presidente é ver o sol nascer quadrado; mas não, não o vejo como alguém a ser evitado politicamente. A foto dos dois governadores ladeando Netanyahu é prova de que o eleitor bolsonarista está disponível no mercado. E ambos estão sedentos para levá-los consigo.
O Governo Federal teria se incomodado com a visita dos governadores à Israel. Gente que frequenta o Planalto interpretou como provocação barata. Bom, é do jogo. Com Bolsonaro tendo que se preocupar mais com os tribunais do que com a política, claro que há quem queira esse espaço que na política, todos sabemos, jamais fica vago.
Na hipótese de Lula não conseguir diminuir sua rejeição até o primeiro semestre de 2026, não é nada absurdo pensar em uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo e com o goiano de vice. Aliança indubitavelmente competitiva. Com Bolsonaro em cana e abençoando a dupla, chegariam fortes na campanha.
A briga pelo espólio de Bolsonaro está só no começo. No início desse jogo, Caiado e Tarcísio pulam na frente para a disputa.
@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Redes sociais