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Dois homens foram presos na última sexta-feira (9), sob suspeita de se passarem por diretores de renomados bancos, especialmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o intuito de aplicar golpes em fazendeiros e empresários, prometendo empréstimos multimilionários em troca de uma comissão. Segundo informações da Polícia Civil (PC), o montante dos golpes chega a atingir R$ 9 milhões.
A captura da dupla foi realizada pela PC, por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais. Para persuadir as vítimas, Gilberto Rodrigues de Oliveira, de 54 anos, e Girlandio Pereira Chaves, de 49 anos, organizavam encontros em locais sofisticados e sempre se apresentavam de forma refinada.
As investigações tiveram início em dezembro do ano anterior, após uma fraude na qual uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO) sofreu um prejuízo de R$ 1 milhão ao solicitar um empréstimo 15 vezes maior. Para supostamente garantir o dinheiro que seria concedido pela vítima, os suspeitos entregaram a ela uma bolsa repleta de dólares falsos e fugiram com o dinheiro verdadeiro.
Com Gilberto Rodrigues, a PC apreendeu mais de R$ 39 mil em espécie. Além dos dois detidos, Luciano Oliveira Gomes, de 49 anos, também estava envolvido nas fraudes e permanece foragido.
Até o momento, a polícia identificou sete vítimas que sofreram prejuízos superiores a R$ 4,7 milhões.
Em maio de 2023, o então presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, denunciou as fraudes ao ministro da Justiça e Segurança Pública da época, Flávio Dino.
Os envolvidos nos crimes, que já tinham antecedentes criminais diversos, responderão por estelionato e associação criminosa.
O trio também está sendo procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que realizou mandados de busca e apreensão em Goiânia em junho de 2023, porém sem sucesso em localizá-los.
No DF, a polícia investiga fraudes no valor de R$ 3,2 milhões, com evidências de que a quadrilha praticou o golpe por pelo menos duas décadas, a partir de 2004.
Girlandio Pereira também era alvo de um mandado de prisão emitido pela Justiça do Espírito Santo. Ele fugiu desse estado em maio de 2016, após ser beneficiado com a progressão de pena para o regime aberto, tendo sido condenado por roubo qualificado.
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