Educação
Um time de futebol formado por alunos da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, no Distrito Federal, teria sido alvo de declarações com teor de preconceito social e de injúria racial no dia 2 de abril. É o que afirma uma nota de repúdio publicada pelos Franciscanos.
De acordo com a nota, o time foi jogar em uma unidade do Colégio Galois, em partida válida pelo torneio Liga das Escolas, e os alunos-atletas tiveram que lidar com epítetos como “macaco”, “filho de empregada” e “pobrinho”, supostamente ditos por estudantes do colégio anfitrião. Os ataques, segundo a nota, teriam tornado o “ambiente inóspito e deixando nossos alunos abalados”.
“Vale salientar que embora tivessem diversos responsáveis no local, nenhuma providência efetiva e adequada foi adotada pelos prepostos do Colégio Galois que estavam presentes nas instalações do ginásio”, ressalta o documento.
A nota ainda ressalta que os agressores encontravam-se, em sua maioria, com uniformizados, “ou seja, estavam sob guarda e responsabilidade do Colégio Galois que, neste caso, mostrou-se conivente com a situação humilhante e vexatória vivida pelos alunos da Escola Fátima”, acrescenta.
O texto diz que esses “atos tão repugnantes” contra os atletas são inadmissíveis e pontua que o Galois tem o dever moral e ético de repudiar manifestações de preconceito e discriminação. “[É preciso que se] tome medidas imediatas e concretas para que fatos como esse não voltem a se repetir – com promoção de ações educativas preventivas ao preconceito racial e social –, bem como identifique os responsáveis, com a aplicação das devidas medidas disciplinares e, principalmente, educativas”.