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PATRÍCIA CALDERÓN
FORTALEZA, CE (UOL/FOLHAPRESS) – A polícia civil de Pernambuco prendeu nesta quarta-feira (3) (03) dois suspeitos de serem os mandantes do ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza e, em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (04), deu mais detalhes sobre a operação.
Um dos suspeitos apontado como mandante do ataque já tem passagem pela polícia por tentativa de homicídio. Os responsáveis pela operação não revelaram a identidade dos presos, mas explicaram que os suspeitos são o presidente e o vice-presidente da Torcida Jovem do Sport e já tiveram a prisão preventiva decretada.
Neste momento, a polícia acusa os envolvidos de tentativa de homicídio, associação criminosa, dano ao patrimônio e provocação de tumulto. Além dos detidos desta quarta-feira (3), outros quatro suspeitos já estavam na prisão acusados de serem os responsáveis pela fabricação da bomba caseira e de arremessarem o artefato e pedras contra o ônibus.
“O presidente e o vice-presidente da Torcida Jovem que comandaram e deram a ordem para ataque à torcida rival. O ataque foi premeditado. Agora, para encerrar as investigações de fato, precisamos entender se a ideia era realmente atacar o ônibus em que estava a delegação (do Fortaleza).
Normalmente nessas ações eles tentam atacar os ônibus de torcidas rivais”, afirma o Delegado Raul Carvalho, responsável pelas investigações.
PRESIDENTE DO SPORT SE MANIFESTA
Yuri Romão se manifestou após a prisão dos suspeitos do ataque ao ônibus e comemorou a punição aos envolvidos.
“As prisões mostram que a segurança pública de Pernambuco está atuando forte para coibir a ação de membros de torcidas organizadas envolvidos com crimes”, afirmou o dirigente.
O ATAQUE
Torcedores do Sport atacaram o veículo da delegação do Fortaleza na saída da Arena Pernambuco após confronto pela Copa do Nordeste.
Pedras e bombas foram arremessadas contra o ônibus. Os jogadores João Ricardo, Escobar, Titi, Brítez, Lucas Sasha e Dudu ficaram feridos.
O zagueiro Titi precisou passar por cirurgia para tirar estilhaços da panturrilha, inclusive. Outros jogadores tiveram cortes na cabeça e foram hospitalizados.
O Fortaleza usou uma camisa branca, com marcas em vermelho, simulando sangue em um de seus jogos. No lugar em que habitualmente está o nome e o número em uma camisa de jogo estava ‘1,5 centímetros’, alusão a Gonzalo Escobar, que escapou da morte por pouco ao ser atingido na cabeça.