Comoção
O pai da pequena Samylla Vitória, de 6 anos, que foi levada por uma enxurrada na última quinta-feira (4) em Aparecida de Goiânia, disse que o coração dói e que não deseja isso a ninguém.
“Meu coração dói, dói muito. É uma coisa que eu não desejo isso a ninguém, mas foi difícil chegar no local e não ver sua esposa e sua filha”, disse Uanderson Douglas Pereira da Silva, em entrevista coletiva na manhã deste domingo (7).
De acordo com o pai, no momento em que Samylla foi arrastada pela enxurrada, ele estava em casa dormindo, e tinha esperança de encontrar sua filha ali próximo.
“Eu estava com fé que iria achar minha filha ali perto. Inclusive eu sentei em cima dela e não sabia, não sabia mesmo. Passei por duas vezes em cima dela procurando, sentei na árvore por cima dela sem saber”, disse o pai.
O corpo de Samylla Vitória foi velado e sepultado na manhã deste domingo (7) no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia.
Samylla foi encontrada na tarde do último sábado (6), após três dias de buscas. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), o lugar onde a menina foi encontrada estava a cinco quilômetros de distância de onde as buscas foram iniciadas.
Uma força-tarefa foi montada para encontrar a criança. Os bombeiros utilizaram mergulhadores, cães farejadores, drone e helicóptero para auxiliar nas buscas. Moradores da região também ajudaram nas buscas retirando entulhos da mata com enxadas.
Samylla Vitória e a mãe, Thais Lira, estavam voltando para casa após saírem da Escola Municipal Raimundo Coelho dos Santos, onde a menina estudava, na tarde da última quinta-feira (5). No entanto, mãe e filha foram surpreendidas com uma forte chuva.
Ao tentarem pular uma enxurrada, a criança acabou sendo levada pela força da água. De acordo com Thais, a filha já estava perto da calçada de casa quando foi arrastada. Os bombeiros localizaram a mochila da menina um dia depois, na última sexta-feira (5).
“Eu vinha voltando da escola, nos já tinha (sic) chegado na frente de casa. Quando ela foi pisar o pezinho dela pra calçada de casa, a enxurrada levou ela. Tava (sic) chovendo bastante, bastante mesmo. A última vez que eu vi ela foi ali no pé do barranco e ela sumiu”, contou Thais.