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Erro médico
Uma mulher de 60 anos teve uma perna amputada após passar por uma cirurgia de safena no último dia 6 de fevereiro em um hospital de Morrinhos, na região Sul de Goiás.
De acordo com familiares, durante o procedimento cirurgico, médico responsável acabou dilacerando artéria femoral da mulher, resultando, após dias de sofrimento, na retirada da perna direita.
O filho da vítima disse, ao G1 Goiás, que em agosto de 2023 a mãe procurou a rede pública após descobrir um quadro de insuficiência venosa nas pernas. Assim, conforme relata o filho, foi agendada pelos médicos, a cirurgia para fevereiro deste ano, como solução do problema.
O procedimento foi realizado na Casa de Saúde Sylvio de Mello, em Morrinhos, mas segundo a família, assim que o efeito da anestesia acabou, a mãe começou a reclamar de dores, e logo não conseguia mais mexer coma perna direita.
Conforme relata o filho, três dias após passar pela cirurgia, o médico atendeu a mulher e ela foi transferida para o Hospital Municipal de Morrinhos. Na unidade ela foi submetida a novos exames, e no dia seguinte precisou ser encaminhada para o Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo).
Na capital, fo feita uma avaliação pela equipe médica do Hugo, que imediatamente determinou que ela fosse levada direto para o centro cirúrgico. De início a equipe trabalhava com suspeita de trombose, mas, segundo a família, durante o procedimento, os médicos constataram que a paciente estava com a artéria femoral destruída.
À família, o médico disse que a mulher precisa fazer a amputação porque a perna dela estava ”morta” por causa da retirada da artéria. Sem saída, a família autorizou a amputação.
A Polícia Civil informou que vai investigar o caso. O advogado de defesa da família informou que abriu uma denúncia contra o médico no Conselho Regional de Medicina (Cremego). Por meio de nota, o Cremego disse que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são investigadas, mas que todas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
Também em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), confirmou que a paciente foi direcionada para realização da cirurgia eletiva no hospital citado, mas que a “atuação profissional do médico, procedimentos de apuração de conduta, aplicação de eventuais penalidades, competem ao Cremego”.