crime
O policial militar investigado por atirar e matar um entregador na madrugada do dia 13 deste mês em Itumbiara, foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). O crime aconteceu em frente a uma distribuidora.
Segundo a denúncia, Roberval Crecêncio de Jesus estava em uma praça em frente ao estabelecimento. Mesmo não estando no horário de trabalho, o policial abordou um adolescente que estava pilotando uma motocicleta, dizendo que chamaria o guincho para apreender a moto.
Ao perceber que a confusão entre o policial e o menor estava acontecendo perto de onde a moto dele estava estacionada, a vítima, Lucas Marcelino Botelho, decidiu retirar a moto do lugar.
Quando o entregador se aproximou, o policial puxou a motocicleta. Lucas tentou empurrá-la, mesmo desligada. Foi neste momento que o veículo caiu no chão. A discussão entre os dois começou e Roberval disparou contra Lucas.
De acordo com o Ministério Público, o policial militar agiu com dolo eventual e matou, por motivo fútil, Lucas Marcelino, mediante recurso que dificultou a defesa do entregador, com uso de meio que resultou perigo comum.
Conforme a denúncia, o policial ainda ameaçou um homem que presenciou toda a cena.
De acordo com a Polícia Civil, o policial também vai responder por ameaça.
O advogado Adriano Calheiros, do departamento Jurídico da Assego, associação que patrocina a defesa do militar envolvido no ocorrido, disse que “tem a convicção que será provado que o militar não teve dolo, inclusive foi ele quem chamou o socorro, se apresentou espontaneamente na delegacia após o fato e colaborou com toda a investigação”.
Em nota, a PM diz que a confusão teve início após um motociclista fazer manobras perigosas no local e trata o disparo como acidental.
“A propósito da solicitação de nota sobre uma ocorrência registrada ontem (12) na cidade de Itumbiara – GO, a Polícia Militar de Goiás informa:
Policias militares se deslocaram para o local do incidente onde encontraram um policial militar em seu horário de folga. Este informou que ao notar um motociclista realizando manobras perigosas, se envolveu em vias de fato com o condutor, resultando em um disparo acidental de arma de fogo efetuado pelo PM.
Diante dos fatos, o militar foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil e, posteriormente, à Corregedoria da Polícia Militar em Goiânia. A Corporação instaurou Procedimento Administrativo Disciplinar e determinou o afastamento do policial de suas funções.
A Polícia Militar de Goiás reafirma o compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros.