MANIFESTAÇÃO

Ato ocorre para provocar a empresa para uma negociação; sem acordo, mineiros podem deflagrar greve geral, diz sindicato

Mais de 600 trabalhadores da mina da Mineração Serra Grande Anglogold, em Crixás, paralisaram os trabalhos desde a última quinta-feira (29). O motivo é a falta de segurança no subsolo, bem como o direito de receber a participação nos lucros da empresa Usina Serra Grande, responsável pela mina – benefício que chega aos administrativos, mas não aos mineiros.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Extrativas do Vale do Rio Crixás, João Luís Antunes Araújo explicou ao Mais Goiás explicou que falta ventilação para oferecer segurança no local. Além disso, o telamento que protege os profissionais também não é seguro.

Segundo ele, o calor confinado ultrapassada 33ºC, o que não é permitido pela legislação. Com a falta de ventilação adequada, a sensação térmica vai além dos 40ºC. “Está arriscado, os trabalhadores não têm confiança.”

Questionado há quanto tempo existe essa insegurança, ele afirma que já dura mais de três anos. O presidente argumenta que a rotatividade dos responsáveis pela empresa impediu que as negociações andassem. “Agora os trabalhadores resolveram parar.”

De acordo com ele, a paralisação era para tentar “acordar a empresa”. “Provocou a reação da empresa de tentar negociar. A gente colocou uma proposta para ela, achando que seria interessante, porém, ela fez uma proposta de negociar uma participação nos lucros no futuro, deixando de lado 2023”, lamentou.

Na segunda-feira (4) haverá uma assembleia e, caso não seja atendida a demanda do trabalhador, pode ocorrer uma greve geral, revela João Luís. Ele informa, contudo, que a “Serra Grande abriu espaço para diálogo” nesta tarde de sábado (2).

O portal entrou em contato com a companhia, mas um funcionário informou que nem o jurídico e nem a assessoria de imprensa tinham expediente no fim de semana. Caso haja interesse, o espaço segue aberto.