COLUNA DO JOÃO BOSCO BITTENCOURT

Emedebista também articula unidade base caiadista nas eleições municipais

Sucessor natural do governador Ronaldo Caiado (UB) – que até já confirmou desincompatibilização do cargo no final de março de 2026 -, o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), tem sinalizado, em compromissos públicos, que está de antena ligadíssima nas próximas eleições estaduais, a serem realizadas daqui a dois anos e meio.

Por meio de diversos discursos que o Mais Goiás acompanhou nos últimos dias, Daniel tem demonstrado, em alto e bom, que fará um governo de continuidade, com avanços, e que defenderá o legado de Caiado tão logo assuma o Palácio das Esmeraldas. E que não será diferente durante a campanha, quando adversários que também almejam o principal posto do Executivo goiano vão atacar a administração caiadista e questionar realizações deste governo. 

A fala mais contundente de Daniel neste sentido ocorreu na noite da última quinta-feira, 14/3, durante solenidade de formatura de 669 policiais militares, quando ele focou o discurso em um tema que é a “menina dos olhos” de Caiado e com o qual ele já percorre o país usando-o como bandeira para a pré-candidatura à Presidência da República. 

“O governador sempre diz que, no estado mais seguro do Brasil, bandido não se cria. Eu digo mais: não se cria hoje e não se criará amanhã”, destacou. “Quem assumir o governo não tem o direito de deixar retroceder um milímetro sequer na segurança oferecida à população”, acrescentou o vice-governador à declaração que, até o momento, parece ser a que melhor ilustra o fato de que ele está focado na gestão, mas sem descuidar-se da disputa em 2026.

Neste contexto, as articulações em curso que miram as eleições municipais de 2024 também evidenciam a tese acima. Daniel tem se esforçado sobremaneira para unificar candidaturas da base aliada nas mais diversas cidades goianas. Não quer dar margem para a oposição ganhar prefeituras importantes no estado. Como provável candidato à reeleição em 2026, precisará de um grupo forte de prefeitos no palanque.