CONSEQUÊNCIAS

A soma dos salários dos envolvidos totalizam R$ 8,8 milhões em recursos públicos anuais

Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Agência Senado)

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, solicitou a suspensão do pagamento do salário do ex-presidente Jair Bolsonaro, que recebe R$ 12,3 mil mensais. Na representação enviada ao TCU na sexta-feira (22), Furtado também incluiu outros 24 militares indiciados pela Polícia Federal por envolvimento na tentativa de golpe de Estado.

Entre os envolvidos estão os generais da reserva Augusto Heleno e Braga Netto, com salário de R$ 36,5 mil e R$ 35,2 mil, respectivamente, e o tenente-coronel Mauro Cid, que recebe R$ 27 mil.

Furtado argumenta que a soma dos salários totalizam R$ 8,8 milhões anuais, recursos públicos gastos com agentes que, segundo o subprocurador, tramaram a destruição do Estado brasileiro para instaurar uma ditadura. A medida ainda solicita o bloqueio de bens no valor de R$ 56 milhões e o compartilhamento do inquérito sigiloso com o TCU. Em resposta, o tribunal afirmou que ainda não iniciou o processo para análise da suspensão dos períodos.

Bolsonaro e outros 36 foram indiciados por tentativa de golpe de Estado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 investigados, incluindo ex-ministros e aliados próximos, foram indiciados nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal (PF) no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre os crimes atribuídos estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa .

Além de Bolsonaro, a lista de indicados inclui:

• General Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro;
• General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
• Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
• Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL).