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Acabou a espera. Depois de 20 anos, o Vila Nova voltou a ser campeão goiano. Derrotado por 2 a 0 no jogo de ida, o Tigre fez um segundo tempo impecável e, com um Serra Dourada lotado, como não se via há algum tempo, bateu o Anápolis por 3 a 0 e conquistou seu 16º título estadual. Tiago Pagnussat, Igor Henrique e Renan, contra, fizeram os gols da conquista colorada.
A vidara do Colorado entra para a história do futebol goiano. Pela primeira vez, um clube conquista o Goianão após ter sido derrotado no primeiro jogo por dois gols de vantagem. Já o Galo da Comarca volta a amargar outro vice-campeonato no Estádio Serra Dourada. Em 2016, último ano em que foi finalista, havia perdido, nos pênaltis, para o Goiás.
O jogo
Vila Nova e Anápolis fizeram um jogo tenso desde os primeiros. Tanto que as oportunidades claras de gol demoraram a aparecer. Antes mesmo do começo da partida, o Galo da Comarca perdeu Igor Cássio, artilheiro do Goianão, que sentiu no aquecimento. Sem ele, Kadu, aos 21 minutos, foi quem teve a primeira chance da tarde. Do bico da área, o camisa 21 chutou rasteiro para a defesa de Halls.
A primeira chegada perigosa do Tigre veio na marca de 34 minutos. Elias recebeu na ponta direita e cruzou na área, onde estava o argentino Diego Torres. Sem deixar a bola cair, o camisa 10 emendou de primeira. No entanto, o meia acabou pegando mal e mandou por cima da meta defendida pelo goleiro Paulo Henrique.
Pouco tempo depois, aos 39, Ariel perdeu uma grande oportunidade para abrir o placar no Estádio Serra Dourada. Caxambu recebeu na ponta esquerda e, sem marcação, foi até a linha de fundo, de onde cruzou rasteiro para a área. A defesa do Colorado não conseguiu afastar o perigo e a bola sobrou para Ariel, que girou para cima da marcação e chutou rasteiro. A finalização passou tirando tinta da trave.
Na reta final do primeiro tempo, o Vila Nova fez uma pressão e chegou mais três vezes. A primeira chance veio com 44 minutos. De fora da área, Jean Mota chutou rasteiro e mandou para fora. Dois minutos depois, Igor Henrique, após cobrança de escanteio, cabeceou forte e mandou muito perto do gol. Por fim, Diego Torres, também de cabeça, mandou à queima-roupa e viu Paulo Henrique defender.
No segundo tempo, o técnico Rafael Lacerda mexeu em sua equipe e viu o Tigre sufocar ainda mais. Mas a primeira foi do Anápolis, com João Celeri. Aos seis minutos, a defesa do Colorado saiu errado e Fábio aproveitou o vacilo. O camisa 2 tocou para o centroavante, que carregou, limpou a marcação e chutou por cima do gol.
Depois disso, só deu Vila Nova. Na marca de 13 minutos, Elias desperdiçou uma chance de inaugurar o marcador. Mas quem não perderia a oportunidade seria o zagueiro Tiago Pagnussat. Aos 16 minutos, Jean Mota cruzou na área, o atacante Gabriel Poveda escorou de cabeça e o defensor, de calcanhar, mandou para o fundo das redes. Golaço.
A pressão seguiu e Igor Henrique precisou de duas chegadas para acabar com a vantagem construída pelo Galo da Comarca no jogo de ida. A primeira aconteceu na marca de 26 minutos. Após escanteio, o meia cabeceou e mandou para fora. Dois minutos mais tarde, Gabriel Silva, pela ponta, cruzou rasteiro para a área, onde estava o camisa 27, que limpou a marcação e mandou para o gol. 2 a 0 para o Tigre.
Quando o jogo parecia ir para os pênaltis, o Vila Nova chegou ao gol que lhe deu o seu 16º título goiano. Na marca de 50 minutos, Júnior Todinho, na ponta direita, rolou para Elias, que vinha chegando. O lateral entrou na grande área e tocou para o meio. No caminho, a bola desviou em Renan e acabou morrendo no fundo das redes, tirando o grito de “é campeão” que estava na garganta da torcida vilanovense.
Ficha técnica
Vila Nova 3×0 Anápolis
Data: 30 de março de 2025
Horário: 17h
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia
Gols: Tiago Pagnussat (16’/2T); Igor Henrique (28’/2T) e Renan (50’/2T – contra) – VIL
Cartão vermelho: Diego Torres (30’/2T) – VIL
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa)
Assistentes: Bruno Pires (Fifa) e Jonny Kamenach
VAR: Caio Max Vieira
Vila Nova: Halls; Elias, Bernardo Schappo, Tiago Pagnussat e Willian Formiga (Igor Inocêncio); João Vieira (Gabriel Silva), Igor Henrique, Jean Mota (Dodô) e Diego Torres (Arilson); Bruno Mendes (Gabriel Poveda) e Júnior Todinho.
Técnico: Rafael Lacerda
Anápolis: Paulo Henrique; Fábio, Lucão, André, Victor Oliveira e Caxambu; João Afonso, Samuel Michels (Pedro Thomaz) e Ariel (Vini Locatelli); João Celeri (Marcão) e Kadu (Cardoso (Renan)).
Técnico: Ângelo Luiz