MENU

Justiça
O laudo apontou que o motorista da viatura ainda tentou desviar do caminhão (Foto: reprodução)
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou à Justiça que o motorista Jhonatan Murilo Leite, de 22 anos, seja julgado pelo Tribunal do Júri por homicídio com dolo eventual, quando não há intenção de matar. Ele conduzia o caminhão que colidiu com uma viatura do Comando de Operações de Divisas (COD) na BR-364, em Cachoeira Alta, no Sudoeste goiano, em abril de 2024. Quatro policiais morreram no acidente. Segundo o MP-GO, a gravidade do caso exige um enquadramento no Código Penal, que prevê penas mais severas do que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O acidente aconteceu na noite de 24 de abril, quando o caminhão carregado com 70 toneladas de milho bateu de frente com a viatura dos militares. Inicialmente, outro homem assumiu a direção do veículo, mas testemunhas confirmaram que Jhonatan era o verdadeiro condutor. Ele dirigia sem a categoria adequada na CNH e teria contado com a ajuda de terceiros para encobrir sua participação no acidente.
A perícia apontou que o caminhão trafegava acima da velocidade permitida e invadiu a pista contrária. Marcas de frenagem de 30 metros reforçam essa versão. Para o promotor Geibson Cândido Martins Rezende, o motorista tinha plena ciência dos riscos e ignorou as normas de trânsito, colocando em perigo a própria vida e a de terceiros. Além disso, o MP-GO descartou a hipótese de ultrapassagem irregular por parte da viatura.
Já a defesa de Jhonatan sustenta que ele dirigia em velocidade compatível e que a colisão ocorreu porque a viatura tentou ultrapassar outro veículo. No entanto, um laudo técnico anexado ao processo contradiz essa versão. A Justiça agora avaliará se acata o pedido do MP-GO para que o caso vá a júri popular.