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ELEIÇÕES
Governador Ronaldo Caiado (Foto: Divulgação)
A poucos dias de lançar sua pré-candidatura à presidência da República, em evento que acontecerá na Bahia no dia 4 de abril, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) recebeu uma ligação telefônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi dada pelo próprio governador em entrevista à Folha de S. Paulo.
Entretanto, o assunto do telefonema não foi a eleição de 2026. Bolsonaro ligou para agradecer Caiado por se posicionar a favor da anistia aos acusados de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Em postagem, na semana passada, Caiado comentou a manifestação bolsonarista realizada na orla da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O ato teve como objetivo defender o avanço da proposta de anistia no Congresso. “Quero dizer que não apenas sou a favor da anistia aos manifestantes de 8 de janeiro, como fui o primeiro a defendê-la”, escreveu Caiado.
Sobre a manifestação de hoje em Copacabana, quero dizer que não apenas sou a favor da anistia aos manifestantes de 8 de janeiro, como fui o primeiro a defendê-la, em entrevista ao jornalista Mário Sérgio Conti, no início do ano passado.
Já em fevereiro de 2024, defendi que… pic.twitter.com/x82Ekx9ArN
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) March 16, 2025
“Esses dias mesmo nos falamos. Ele me ligou”, disse o governador. “Fui o primeiro governador a dizer que, em relação a esse problema de 8 de janeiro, deveria ter sido encaminhado com a mesma inteligência que o Juscelino Kubitschek teve, de anistiar todo mundo. Parar e trabalhar, em vez de ficar com essa discussão aí eterna por dois anos. Cansou a população. Não vejo o Brasil caminhar por um processo de conciliação, de harmonia e de governabilidade se continuar esse sistema conflagrado como está hoje”.
Caiado tenta ser o herdeiro do espólio político de Bolsonaro nas eleições de 2026, tendo em vista que o ex-presidente está inelegível e tem poucas chances de reverter o cenário. Além dele, ambicionam o papel de líder da direita no processo eleitoral os também governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Júnior (Paraná) e o filho 03 do próprio ex-presidente, Eduardo Bolsonaro.
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