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Cerca de metade dos ambulantes que atuam exclusivamente nas ruas da Região da 44 aderiu à Feira Hippie. A estimativa é baseada em levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Gestão, Negócios e Parcerias (Segenp), que identificou os trabalhadores informações da região, no entorno da rodoviária de Goiânia.
De acordo com o levantamento da Segenp, metade dos 700 ambulantes já é lojista em galerias da região da 44 e a outra metade atua em feiras.
“Dos aproximadamente 100 ambulantes restantes que estão apenas nas ruas, cerca de 50 optaram por se legalizar na Feira Hippie”, informou a prefeitura nesta segunda-feira (31/3), quando terminou o prazo dado pela prefeitura para que as ruas e calçadas da região da 44, polo de comércio de confecções, sejam desocupadas.
No início da manhã desta segunda-feira, um grupo de feirantes protestou contra a decisão da prefeitura, alegando, principalmente, dificuldade para pagar aluguel de sala em galerias, para onde a prefeitura sugere que eles se realoquem. Esse grupo de ambulantes também considera ruim a proposta de deixarem as calçadas e ruas para atuar na Feira Hippie, por considerar ruins de vendas os locais onde terão direito a armar barracas.
A reportagem do PORTAL NG percorreu, na manhã desta segunda-feira, ruas da região, onde não havia ambulantes. O movimento no local costuma se intensificar próximo do fim de semana, quando ocorre a Feira Hippie na Praça do Trabalhador.
De acordo com informações da prefeitura de Goiânia, aqueles que optarem por deixar as ruas para expor seus produtos na Feira Hippie, esse vão pagar taxa de licença anuam de R$ 40, além de uma taxa de ocupação calculada de acordo com a metragem da banca. Em média, esse valor fica em R$ 111 para bancas de até 8 metros quadrados.
Esta alternativa de ir para a Feira Hippie, destaca a prefeitura, foi criada pela atual gestão da capital para realocar a categoria e fazer o cumprimento do Código das Posturas do município, que não permite barracas obstruindo o passeio público, as calçadas. A outra opção consiste no pagamento do Aluguel Social para ambulantes que queiram se instalar em galerias da região.
Segundo a prefeitura, são 2.066 lojas disponibilizadas para o programa, cujo benefício será concedido por 18 meses e funcionará da seguinte maneira: até o 6º mês: cobrança apenas do condomínio; do 7º ao 12º mês: cobrança do condomínio e 30% do aluguel; do 13º ao 18º mês: cobrança do condomínio e 60% do aluguel; a partir do 19º mês: cobrança integral do aluguel e do condomínio.
Ainda pensando em auxiliar o ambulante em todas as fases de estruturação de um negócio, eles também terão acesso a cursos de capacitação promovidos pelo Sebrae com apoio da Casa do Empreendedor que será aberta na Região da 44, onde contam com vários serviços da prefeitura, com o objetivo de incentivar a formalização e a qualificação profissional dos trabalhadores.
O prefeito Sandro Mabel destaca que o diálogo foi mantido com a categoria para que a melhor solução fosse encontrada. O objetivo é fazer com que a região da 44 fique mais organizada e que leve conforto e comodidade para os compradores.
“Não estamos tirando ninguém da rua. Não vamos passar o popular ‘rapa’. Não é assim. Estudamos alternativas para levar uma resolução estruturada e que desse oportunidade para todos se regularizarem”, reforça. Além disso, a prefeitura tem ressaltado a importância do cumprimento à legislação, que deve ser seguida por todos.
Na tarde de sexta-feira (28/3), o prefeito Sandro Mabel reuniu-se com uma comissão de vereadores e discutiu a situação dos informais da região da 44. Além de explicar aos parlamentares sobre as duas alternativas dadas pela prefeitura, o prefeito informou que a Secretaria Municipal de Eficiência intensificará a fiscalização para garantir a desocupação das calçadas e vias no entorno das galerias comerciais.
“Estamos oferecendo alternativas como a Feira Hippie e espaços dentro das lojas. O que não pode continuar é a ocupação desordenada das ruas, prejudicando lojistas regularizados e dificultando a mobilidade dos consumidores”, afirmou Mabel.
O prefeito disse que reconhece a importância do trabalho dos comerciantes informais para a economia local, mas reforça a necessidade de organização e cumprimento das normas.
A reunião contou com participação dos vereadores Tião Peixoto, Welton Lemos, Igor Franco, Sanches da Federal, Coronel Urzeda, Oséias Varão, Dr. Gustavo, Edward Madureira, Sargento Novandir, Heyler Leão e Daniela da Gilka.