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Mundo Novo é a cidade com menor cobertura vacinal em Goiás; veja lista com os 10 piores (Foto: Reprodução)
Goiás decretou situação de emergência devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), nesta segunda-feira (30), e Mundo Novo é a cidade com menor cobertura vacinal no Estado contra a doença, com 6,21%. A média em território goiano é de 39% da população prioritária vacinada, conforme o secretário de Estado de Saúde, Rasivel Santos. O ideal, informa o titular da pasta, é acima de 90%.
Além de Mundo Novo, outros municípios apresentam cobertura vacinal baixíssima, conforme tabela da secretaria de Estado de Saúde (SES-GO). São eles: Baliza (11,38%), Itumbiara (20,27%); Damianópolis (23,44%), Montividiu do Norte (23,74%); Amorinópolis (24,02%); Formosa (24,32%); Flores de Goiás (25,97%); e Padre Bernardo (26,37%).
Goiânia, por sua vez, registrou 42,29%. As cidades com maior cobertura vacinal no Estado são Damolândia (74,67%), Caturaí (67,04%), Brazabrantes (65,76%), São Miguel do Passa Quatro (65,19%) e Palminópolis (63,71%).
Vacinação no Estado
Desde o início da campanha, em 1º de abril, foram aplicadas 1.502.876 doses da vacina no estado. A SES já distribuiu 2.207.980 doses aos municípios, mas a cobertura segue distante da meta recomendada pelas autoridades sanitárias.
A baixa procura preocupa ainda mais quando comparada à campanha de 2024, que alcançou 48,74% de cobertura vacinal entre os grupos prioritários, mesmo sem abertura ao público geral.
A ampliação da campanha para toda a população acima de seis meses de idade ocorreu no dia 16 de maio, após 45 dias focada nos públicos de maior risco, como crianças, idosos, gestantes e portadores de comorbidades. Ainda assim, a adesão seguiu abaixo do esperado.
Baixa cobertura eleva risco de agravamento
A avaliação da SES-GO é de que o baixo índice vacinal está diretamente ligado à escalada de casos graves e internações por doenças respiratórias. Só em 2025, Goiás já registrou 6.743 casos de Srag, sendo 1.117 causados por Influenza.
A vacinação contra a gripe reduz significativamente a chance de agravamento da doença e o risco de hospitalizações, especialmente em idosos e crianças pequenas, justamente os grupos com maior número de registros e óbitos no atual surto.
Entre os 402 óbitos confirmados por Srag em 2025, 256 foram de idosos acima de 60 anos e 40 em crianças menores de dois anos. “A baixa adesão à vacina compromete a capacidade de resposta do sistema de saúde e coloca em risco as populações mais vulneráveis”, alerta a Secretaria.