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sudeste do estado
Foto: Divulgação
Mais de 60 javalis foram abatidos em uma única noite em Campo Alegre de Goiás, no Sudeste do estado, em uma operação considerada a maior do tipo já registrada no país. Ao todo, 65 animais da espécie exótica invasora foram eliminados na madrugada de sexta-feira (15/8), em uma ação conduzida pela equipe de manejo Limpa Palhada, do município de Ipameri (GO).
De acordo com os organizadores, o abate de javalis ocorreu na Fazenda JM8 e foi realizado de forma legal, com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O descarte das carcaças também seguiu as normas ambientais em vigor.
Os javalis são considerados uma das maiores pragas do Brasil. Eles causam prejuízos bilionários à agricultura, ameaçam a fauna nativa, transmitem doenças e apresentam alta taxa de reprodução, o que dificulta o controle populacional. Em áreas infestadas, as perdas agrícolas podem chegar a 40% em culturas como milho, soja, feijão e hortaliças.
Segundo a Associação Brasileira de Caçadores Aqui Tem Javali, mais de 1 milhão de javalis precisarão ser abatidos em 2025 para reduzir os impactos causados pela espécie. Apenas em 2024, cerca de 500 mil animais foram eliminados, de acordo com dados do Ibama, mesmo após retrocessos nas políticas de controle, como a suspensão temporária do uso de armas de fogo em 2023.
O portal Compre Rural informou que a operação em Campo Alegre de Goiás foi registrada no Cadastro Técnico Federal (CTF), com autorização emitida via SIMAF. Os manejadores também garantiram o cumprimento de todos os protocolos de segurança e legalidade.
“Além de proteger as plantações, estamos preservando o equilíbrio ambiental. Cada ação é planejada para ser segura e legal”, afirmou Danilo Renan, integrante da equipe Limpa Palhada.
O problema dos javalis também chegou ao Legislativo goiano. No início de agosto, a Assembleia Legislativa de Goiás aprovou uma lei que autoriza a caça controlada do javali europeu no estado, em consonância com as normas federais. O texto aguarda sanção do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).